Fortaleza

A capital do Ceará possui uma das maiores e mais bem equipadas redes de hotéis e restaurantes do Nordeste. Tem na jangada uma espécie de símbolo e na lagosta um de seus pratos mais típicos. É uma cidade de clima quente e recepção calorosa aos visitantes, atraídos principalmente pela beleza de suas praias. Na praia do Porto das Dunas situa-se o maior parque aquático de praia da América do Sul, o Beach Park. É um dos mais modernos centros turísticos do Nordeste, formado por um complexo aquático com toboáguas e moderna aparelhagem de lazer aquático.

Fortaleza é cantada em verso e prosa como a “loura desposada do sol”. A orla marítima que acompanha toda a cidade tem as mais diversas atrações. A praia de Iracema é um reduto boêmio, com dezenas de bares noturnos instalados em prédios que ainda mantêm a arquitetura do início do século. Suas maiores atrações são o Estoril, abrigo de restaurantes e minigaleria de exposições, e a Ponte dos Ingleses, de onde se pode ver um belo pôr-do-sol.

Destacam-se também na capital as praias Meireles, Volta da Jurema e Mucuripe, interligadas pela avenida Beira-Mar. Esta avenida concentra edifícios de arquitetura moderna, além de hotéis, bares e restaurantes que servem comida típica e deliciosos pratos à base de frutos do mar. Em Fortaleza, vale ainda conhecer a estátua de Iracema, homenagem à índia que é personagem-título de um dos livros de José de Alencar, importante romancista cearense da literatura indianista. Há ainda a colônia de pescadores do Mucuripe, com suas jangadas, e a praia do Futuro, repleta de barracas onde se pode dançar forró, um dos ritmos tradicionais do Nordeste e saborear a principal iguaria local: carangueijos.

No roteiro, inclui-se ainda o Theatro José de Alencar, construção do século XIX, de rica arquitetura e com fachada interna feita em metal, mesclando estilos neoclássico e art nouveau; museus como o da História Ferroviária, do Automóvel, da Arte Popular e de Mineralogia, e, ainda, o Mercado Central. Neste, pode-se comprar desde roupas de renda até licores, cachaças e castanhas de caju. O Ceará é um dos principais estados em produção de rendas, um artesanato confeccionado nos bilros pelas “mulheres rendeiras”.

O CEARÁ

Conhecida como terra da abolição – foi a primeira província do Império a abolir a escravidão, em 1884, cinco anos antes do restante do País – o Ceará é a terceira economia do Nordeste brasileiro, superada apenas pelas da Bahia e de Pernambuco. Sua capital, Fortaleza tem um perfil arquitetônico moderno e é um importante pólo turístico.

Ao longo da história brasileira, o Ceará esteve na vanguarda em muitos momentos. Quando ainda era capitania, José Martiniano de Alencar a proclamou república, o que provocou a ira da Coroa portuguesa, que puniu o líder político. Os cearenses rechaçaram duas vezes os invasores holandeses (1644 e 1654), responsáveis pela fundação de Fortaleza. Colonizada por portugueses a partir de meados do século XVII, a população local participou ativamente das lutas pela independência do Brasil, em 1822, e, dois anos depois, aderiu à Confederação do Equador, uma revolta com ideais republicanos. Ainda no reinado de D. Pedro II, a província alcançou grande progresso com a chegada da navegação a vapor, da estrada de ferro, da iluminação a gás e do telefone.

Atualmente, depois de séculos de uma economia eminentemente agrária, o Ceará passa por um surto de desenvolvimento industrial. O setor aumenta ano a ano, e, em 1994, sua participação no PIB estadual foi de 35,8%. O setor têxtil lidera o desenvolvimento industrial. O pólo de confecção cearense é o segundo maior no ranking nacional em produção e exportação, perdendo apenas para o do estado de São Paulo. A industrialização se verifica principalmente nas áreas têxtil, de calçados, mobiliário, alimentícia, de mineração, editorial, gráfica e metalúrgica.

O comércio varejista do Estado é formado por cerca de 9.500 estabelecimentos. Na agricultura, o Ceará produz principalmente arroz, banana, cana-de-açúcar, castanha de caju, coco, feijão e mandioca. Nas últimas décadas, o setor se tornou um importante pólo voltado para o comércio exterior, e sua pauta de exportações é liderada pela castanha de caju. O Estado exporta ainda tecidos, cera de carnaúba, fios de algodão e de poliéster, couros, peles, camarões, lagostas e frutas tropicais, entre outros produtos. No Ceará, o artesanato também tem importância econômica e na geração de empregos.

O Porto de Fortaleza, com capacidade para operar navios de carga de até 50 mil toneladas, movimentou, em 1995, 3,2 milhões de toneladas entre importações e exportações. A 47 quilômetros da capital foi construído um novo complexo portuário para receber cargas industriais de maior vulto, como siderurgia e petróleo, o Porto do Pecém e em breve a inauguração da Ceará Steel, a siderúrgica do Ceará.

A malha viária do Ceará, um complexo de vias estaduais e federais pavimentadas, está interligada ao complexo rodoviário nacional. A infra-estrutura é complementada por uma rede ferroviária composta de duas linhas tronco, num total de 1.435 quilômetros de extensão, que conectam o Ceará aos estados vizinhos.

Situado no polígono das secas, uma região crítica do Brasil, o Ceará tem capacidade para armazenar mais de 12 bilhões de metros cúbicos de água em represas e reservatórios. Desde 1960, o Estado conta com o açude de Orós, um dos maiores reservatórios de água do mundo, comparável ao da represa de Assuã, no Egito. Em 1995, começou a ser construído o açude Castanhão, uma grande represa que terá capacidade para armazenar 6,5 bilhões de metros cúbicos de água.

Terra de caboclos, descendentes da miscigenação do índio, do negro e do português, o Ceará é um dos maiores pólos culturais do Brasil, marcado pela religiosidade popular e pela presença de seus intelectuais nas letras e nas artes nacionais. São do Ceará os escritores José de Alencar, um dos maiores romancistas brasileiros do chamado indianismo da literatura brasileira, e Rachel de Queiroz, nome expressivo do romance regionalista.

Com calor o ano inteiro e temperatura amena à noite, o Ceará apresenta um ecossistema diversificado, formado por regiões de caatinga, Mata Atlântica, cerrado e manguezais. Ao lado do crescimento industrial, o setor de turismo é o que mais se desenvolveu no Estado nas duas últimas décadas. Fortaleza recebe anualmente uma média de meio milhão de turistas, atraídos, em boa parte, por 573 quilômetros de litoral, nos quais se espalham 87 praias e grandes extensões de dunas. Entre as várias atrações turísticas situadas no interior destaca-se o Parque Nacional de Ubajara, com gruta, cachoeiras e trilhas ideais para trekking.

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